Política

15/12/2017 Suspensão de abono a servidores da Câmara Municipal é tema de discussão

A suspensão do pagamento do retorno de férias concedido aos funcionários da Câmara Municipal de João Monlevade foi debatida na tribuna da Casa nessa quarta-feira (13). O assunto foi levantado pelo vereador Pastor Carlinhos (PMDB) que se disse contrário à decisão do Presidente do Legislativo Djalma Bastos (PSD).

Para o vereador a bonificação não traz prejuízo para os cofres públicos. De acordo com Pastor Carlinhos o que o Executivo faz é muito pior que o Legislativo, já que na Prefeitura o gasto com os pagamentos de gratificações é muito maior.

Ainda justificando sua posição, Pastor Carlinhos falou sobre a devolução de recursos da Câmara para a Prefeitura. “A Câmara está devolvendo quase todos os meses valores para a Prefeitura, o Presidente não tem autonomia de fazer os gastos, mas tem para indicar e dentro destes gastos, em seis meses foram gastos R$150 mil com estagiários.”

Para o vereador a suspensão do benefício pode impactar na qualidade dos serviços prestados pelos funcionários do Legislativo. Pastor Carlinhos encerrou sua fala pontuando que sua posição contrária à suspensão do abono não tem relação com o fato de ele ter sido Presidente da Câmara quando a gratificação foi aprovada em 2011.

Djalma Bastos justificou sua decisão pelo abono não ser comum no setor privado e nem na Prefeitura. Os altos salários pagos aos servidores da Casa, em média R$ 5 mil, também foi apontado. “Não acho justo o recebimento do valor, e por isso pedi a suspensão e encaminhamos solicitação ao Tribunal de Contas, para eles se manifestarem sobre o posicionamento deste presidente”, afirmou. Djalma disse dever satisfação à sociedade, porque os salários do Legislativo são pagos pelo povo de João Monlevade.

Sobre a qualidade do serviço prestado pelos servidores após a suspensão do abono, Djalma disse acreditar que tudo continuará a ser realizado com o mesmo empenho e qualidade. “Tenho certeza que nenhum servidor da Câmara vai boicotar ninguém. Eles sabem muito bem que o servidor está aqui para servir, atender ao cidadão que contribui com a manutenção do serviço público” concluiu.
 

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